sábado, 14 de novembro de 2015

NARRATIVAS TERAPÊUTICAS

Um paciente me enviou um e-mai que partilho no blog, sempre com a devida autorização, para que compreendam a importância da terapia nos nosso crescimento e desenvolvimento pessoal.

Conversas terapêuticas:

"Oi Rosane, quero que saiba eu estou bem, na verdade muito bem.
Na última sessão saí incomodado, até atordoado, lembrei muito do que me disse: " tu está levando isso muito a sério, dando uma importância maior do que necessário", isso sou eu, levo tudo muito a sério e dou uma importância gigantesca, perco a medida.
Tirando os excessos, tudo que sou e tenho consegui porque sou assim. Porque tenho que mudar? Ela não poderia me aceitar assim? Eu aceito, e compreendo os defeitos dela.
Percebi que ela é muito egoísta comigo, até certo modo infantil.
Ela não me amava, amava a ideia de que eu fosse o que ela sempre sonhou, mas eu não era, e pra falar a verdade, eu jamais quis ser diferente do que sou. Sou defeituoso mesmo, sou espontâneo, jamais conseguiria ser diferente disso. Sou atrapalhado, desajeitado, calado, exagerado. Mas é assim que as pessoas tem que ser certo? Elas mesmas.
Eu me importei de mais com o que ela queria que eu fosse a ponto de me perder, a terapia é um lugar de encontro e tu minha terapeuta me ajuda sempre a me encontrar e não se afastar do que realmente eu sou, bom, chato, irritante, eu.
Obrigado, bom final de ano."
CHPF, 27 anos.



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