sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Outubro Rosa

O câncer de mama pode ser compreendido de
diversas maneiras, sob a ótica médica e clínica
da doença e por fatores emocionais.
A forma como a mulher lida com as emoções,
quer por uma carga maior de amargura e
ressentimento, quer por desamparo e 
falta de amor e alta exigência.

O câncer de mama é a doença da ingratidão, 
dos que não se sentiram gratificados por
seu amor e doação. 
Mulheres que não se sentem retribuídas, 
reconhecidas e amadas.
Mulheres que têm no prover, no doar-se 
a característica mais marcante.
E isso não seria bom?  Prover, doar? 
Quando não somos retribuídos por aquilo 
fazemos, sentimos dor e mágoa.
E então, na busca por esse reconhecimento, 
fazemos, mais, buscamos mais, 
doamos mais, nos desrespeitamos mais,
passamos do limite.
Não aguentando mais se doar, o seio denuncia
que chegou no limite.
Não tem mais nada para dar:
"Não tenho mais como lhe dar nada, 
não tenho mais leite para prover".
O que resta? Dar o seio em sacrifício próprio,
para mostrar que está além de seus limites.
Nesse sentido, somos autora dessa doença,
precisamos tolerar nossos erros, 
lidar com o desamparo, fazer uma jornada
de autoconhecimento.
O corpo está cansado de prover o outro, 
de se preocupar com outro sem ter o retorno desejado.




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