O câncer de mama pode ser compreendido de
diversas maneiras, sob a ótica médica e clínica
da doença e por fatores emocionais.
A forma como a mulher lida com as emoções,
quer por uma carga maior de amargura e
ressentimento, quer por desamparo e
falta de amor e alta exigência.
O câncer de mama é a doença da ingratidão,
dos que não se sentiram gratificados por
seu amor e doação.
Mulheres que não se sentem retribuídas,
reconhecidas e amadas.
Mulheres que têm no prover, no doar-se
a característica mais marcante.
E isso não seria bom? Prover, doar?
Quando não somos retribuídos por aquilo
fazemos, sentimos dor e mágoa.
E então, na busca por esse reconhecimento,
fazemos, mais, buscamos mais,
doamos mais, nos desrespeitamos mais,
passamos do limite.
Não aguentando mais se doar, o seio denuncia
que chegou no limite.
Não tem mais nada para dar:
"Não tenho mais como lhe dar nada,
não tenho mais leite para prover".
O que resta? Dar o seio em sacrifício próprio,
para mostrar que está além de seus limites.
Nesse sentido, somos autora dessa doença,
precisamos tolerar nossos erros,
lidar com o desamparo, fazer uma jornada
de autoconhecimento.
O corpo está cansado de prover o outro,
de se preocupar com outro sem ter o retorno desejado.
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